O saci-pererê é um menino negro que tem apenas uma perna que vive usando um
gorro vermelho e sempre está com cachimbo. Esse ser não tem o objetivo de fazer
mal para as pessoas , mas vive aprontando travessuras e se diverte muito com
isso. Adora espantar cavalos e bois , esconder objetos domésticos, queimar
comida e acordar pessoas com gargalhadas.Segundo a lenda, o Saci está nos
redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os
redemoinhos, e depois de capturado deve tirar o capuz dele pois assim ele passa
a obedecer a pessoa.
Esse retrato do saci-pererê foi criado após a influência da mitologia africana
onde ele perdeu um perna lutando capoeira, pois inicialmente ele era um garoto
moreno com duas pernas e tinha um rabo.
O Boitatá, também conhecido como "fogo que corre", é representada
por uma cobra de fogo, e diz a lenda que ela protege as matas e os animais e
tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza.
Muito provavelmente esse mito seja de origem indígena, e ele foi citado pela
primeira vez em 1560, num texto do padre jesuíta José de Anchieta. Abaixo
trecho do texto que faz referencia a esse mito.
"Há também outros (fantasmas), máxime nas praias, que vivem a maior parte
do tempo junto do mar e dos rios, e são chamados baetatá, que quer dizer cousa
de fogo, o que é o mesmo como se se dissesse o que é todo de fogo. Não se vê
outra cousa senão um facho cintilante correndo para ali; acomete rapidamente os
índios e mata-os, como os curupiras; o que seja isto, ainda não se sabe com
certeza." (in: Cartas, Informações, Framentos Históricos, etc. do Padre
José de Anchieta, Rio de Janeiro, 19332 )
Há uma versão contada principalmente no sul que se refere ao surgimento da
cobra de fogo como resultado do dilúvio.
Após o dilúvio, muitos animais morreram e as cobras ficaram rindo felizes, pois
havia alimento em abundância. Como castigo, as barrigas delas começaram a pegar
fogo, iluminando todo o corpo.
A causa desse mito pode ser explicada cientificamente como uma reação química
de ossos de animais que são ricos em fósforo branco, que é um material
inflamável, se aglomeram em um lugar, o osso começa a se decompor, e sobra
apenas o fósforo.
Quando um raio ou faísca, entra em contato com os ossos semidecompostos causa
uma enorme chama.
Esse personagem do folclore brasileiro pode ter vários nomes dependendo da
região.
No Centro-Sul é chamado de baitatá ou batatá e até mesmo de mboitatá. Na Bahia
aparece como biatatá. Em Minas Gerais chamam-no de batatal. No Nordeste é comum
o termo batatão. Nos estados de Sergipe e Alagoas recebem os nomes de Jean de
la foice ou Jean Delafosse.
O curupira é um protetor das matas e dos animais silvestres, e suas vítimas
são os caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas. Ele é
representado por um anão de cabelos vermelhos e com os pés virados para trás. O
curupira consegue enganar as pessoas que tentam perseguí-los, dando a falsa
impressão de que ele foi para o lado oposto, devido a seus pés invertidos.
Muitas das estórias sobre o curupira mostram que ele adora pregar peças em quem
entra nas florestas através de ilusões.
Diz a lenda que para assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons
e assovios ou usa a tática de criar imagens ilusórias e assustadoras para
espantar os invasores.
Esse personagem do folclore brasileiro existe a centenas de anos, desde a época
do Brasil colônia, ainda no início de sua habitação pelos portugueses.
A primeira vez que o nome curupira foi mencionado aconteceu em 30 de maio de 1960
por José de Anchieta, em São Vicente.
Lobisomem
Este mito aparece em várias regiões do mundo, chegando ao Brasil no século
XVI através dos portugueses que colonizaram o Brasil. A lenda conta que um
homem se transforma e um ser formado pela mistura de homem com lobo em noites
de lua cheia e ataca todos aqueles que encontra pela frente. Esse homem ficou
com esse poder após ser atacado por um lobo mas não morrer, e sim desenvolver
essa capacidade de se transformar.
Pelo menos essa é uma das versões da lenda brasileira, pois existem outras,
como a que diz que a sétima criança em uma sequência de filhos do mesmo sexo
tornar-se-á um lobisomem. Outra versão diz que se nascer seis filhas em sequencia
e o sétimo for homem, então ele será lobisomem.
Já a versão europeia a origem é diferente. Segundo As Metamorfoses de Ovídio,
Licaão, o rei da Arcádia, serviu a carne de Árcade a Zeus e este, como castigo,
transformou-o em lobo (Met. I. 237).
De acordo com a lenda, um lobisomem só morre se for atingido por uma bala ou
outro objeto feito de prata.
Fonte:
http://www.folclore.net.br/personagens-folcloricos.php
A mula sem
cabeça é uma lenda do folclore brasileiro. A sua origem é desconhecida, mas
bastante evidenciada em todo o Brasil.
A mula é literalmente uma mula sem cabeça, que solta fogo pelo pescoço, local
onde deveria estar sua cabeça. Possui em seus cascos, ferraduras que são de
prata ou de aço e apresentam coloração marrom ou preta.
Segundo alguns pesquisadores, apesar de ter origem desconhecida, a lenda fez
parte da cultura da população que vivia sobre o domínio da Igreja Católica.
Segundo a lenda, qualquer mulher que namorasse um padre seria transformada em
um monstro. Dessa forma, as mulheres deveriam ver os padres como uma espécie de
“santo” e não como homem, se cometessem qualquer pecado com o pensamento em um
padre, acabariam se transformando em mula sem cabeça.
Segundo a lenda, o encanto somente pode ser quebrado se alguém tirar o freio de
ferro que a mula sem cabeça carrega, assim surgirá uma mulher arrependida pelos
seus “pecados”.
Fonte:http://www.brasilescola.com/folclore/mula-sem-cabeca.htm
A Cuca é sem
dúvida, um dos principais seres do folclore brasileiro, principalmente pelo
fato de o personagem ter sido descrito por Monteiro Lobato em seus livros
infantis e em sua adaptação para a televisão, o Sítio do Pica-Pau Amarelo. A
Cuca se originou através de outra lenda: a Coca, uma tradição trazida para o
Brasil na época da colonização.
Segundo a lenda, a Cuca é uma velha feia que tem forma de jacaré e que rouba as
crianças desobedientes, sendo usado por muitas vezes como uma forma de fazer
medo em crianças que não querem dormir.
O
bicho-papão é uma figura fictícia mundialmente conhecida. É uma das maneiras
mais tradicionais que os pais ou responsáveis utilizam para colocar medo em uma
criança, no sentido de associar esse monstro fictício à contradição ou
desobediência da criança em relação à ordem ou conselho do adulto. Desde
a época das Cruzadas, a imagem de um ser abominável já era utilizada para gerar
medo nas crianças. Os muçulmanos projetavam esta figura no rei Ricardo, Coração
de Leão, afirmando que caso as crianças não se comportassem da forma esperada,
seriam levadas escravas pelo melek-ric (bicho-papão): “Porta-te bem senão o
melek-ric vem buscar-te”.
A imagem do bicho-papão possui variações de acordo com a região. No Brasil e em
Portugal, é utilizado o termo “bicho-papão”. Nos Países Baixos, o monstro leva
o nome de Zwart Piet (Pedro negro), que possui a tarefa de pegar as crianças
malvadas ou desobedientes e jogá-las no Mar Negro ou levá-las para a Espanha.
Em Luxemburgo, o bicho-papão (Housecker) é um indivíduo que coloca as crianças
no saco e fica batendo em suas nádegas com uma pequena vara de madeira.
Segundo a tradição popular, o bicho-papão se esconde no quarto das crianças mal
educadas, nos armários, nas gavetas e debaixo da cama para assustá-las no meio
da noite. Outro tipo de bicho-papão surge nas noites sem luar e coloca as
crianças mentirosas em um saco pra fazer sabão. Quando uma criança faz algo
errado, ela deve pedir desculpas, caso contrário, segundo a lenda, receberá uma
visita do monstro.